terça-feira, maio 30, 2006

Dor

E dói-me que te doa assim, essa dor. Uma dor que nunca tive, mas que adivinho, sem querer saber como dói. Essa dor que não tem fim porque veio de um fim que não devia ter vindo. Assim, como veio. Quando se espera a dor, ela vai doendo aos poucos, espalha-se no tempo e torna-se menos dor. Pelo menos não tão dor como a que vem de repente e se nos crava no corpo, não deixando tempo para avisar da dor que vamos sentir. A dor que a ausência nos deixa, e que nos mata, vivendo. Dói-me, sim, a tua dor, que nunca senti, como sinto que a sentes.

3 comentários:

Anónimo disse...

E esse amor teve cura?
Teve volta?
Houve significado em tanta dor?

Rosmaninho disse...

Esse amor não foi meu, nem a dor minha. Nunca terá volta, porque se foi com a morte. E uma dor assim não tem cura, apenas poderá ser apaziguada de vez em quando.
Este texto é dedicado a uma amiga, que sinto que sofre sem que mo tenha dito. E, apesar do sofrimento, às vezes sinto que precisava de um amor assim.

Anónimo disse...

dá-lhe beijinhos meus.