E dói-me que te doa assim, essa dor. Uma dor que nunca tive, mas que adivinho, sem querer saber como dói. Essa dor que não tem fim porque veio de um fim que não devia ter vindo. Assim, como veio. Quando se espera a dor, ela vai doendo aos poucos, espalha-se no tempo e torna-se menos dor. Pelo menos não tão dor como a que vem de repente e se nos crava no corpo, não deixando tempo para avisar da dor que vamos sentir. A dor que a ausência nos deixa, e que nos mata, vivendo. Dói-me, sim, a tua dor, que nunca senti, como sinto que a sentes.
terça-feira, maio 30, 2006
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